segunda-feira, 15 de junho de 2015

Em Arraiolos (parte 1)!

 Corria o ano de 1422! D. Nuno Álvares Pereira (um nobre guerreiro português) habitava o paço do castelo de Arraiolos desde 1415, neste inconfundível castelo circular (raro no mundo) edificado por D. Dinis, no século XIV!



Posteriormente abandonado, por ser um local demasiado ventoso e isolado, aqui é possível observar várias igrejas entre o casario da vila, colina abaixo, como as casas senhoriais e outras casas mais modestas com as suas fachadas caiadas de branco. Além disso, escavações arqueológicas revelaram antigas tinas de tingir a lã, necessárias à produção dos famosos tapetes de Arraiolos (atualmente, na candidatura à património mundial da humanidade) e não só!
  



Depois de breves desejos por uma paragem em Alcáçovas (onde foi assinado o respetivo tratado no século XV, que "dividia" o mundo entre Portugueses e Espanhóis) e pela gruta do Escoural (com gravuras do período paleolítico) chegamos a Arraiolos, uma vila do distrito de Évora!





Um daqueles sítios onde pernoitamos [na "Casa do Plátano", nas duas fotos abaixo] e comemos bem, muito bem [nos restaurantes: "O alpendre" e "O pelourinho"]! Bons pratos com carne de vaca, porco preto, migas (nós provamos a de coentro e a de tomate, muito boas), empadas, os famosos pastéis (doces) de toucinho e é claro um invulgar gaspacho (com paio)!





E os vinhos, como os do Monte da Ravasqueira (em que tivemos direito a uma visita guiada ao museu das atrelagens e à degustação de vários vinhos) foram mesmo a "cereja no topo do bolo"!




Um local cheio de história a começar pelas suas pedras pré-históricas, passando pelo seu invulgar e inconfundível castelo, pelo centro de interpretação museológica do tapete e um pequeno passeio pela "aldeia da terra" feita com caricaturas de barro colorido fizeram parte do nosso fim de semana, no final do mês passado!




Ora vejamos...a começar pelo menir e pelo cromeleque dos Almendres (a 29 km de Arraiolos), um dos monumentos megalíticos mais importantes da europa, que consiste num circulo de 95 pedras pré-históricas. A 3 km do cromeleque existe um menir (foto abaixo) com mais de 2 metros de altura [após uma caminhada por uma estreita vereda]!




O alinhamento entre os dois monumentos coincide com o nascer do sol no solstício de verão! Ao contrário das "antas" (com função funerária) não se sabe exatamente qual o significado destes grandes recintos megalíticos (mas decerto com caracter simbólico e sagrado!).






Mais perto de Arraiolos, numa pequena e escondida estrada, visitamos um cromeleque mais pequeno: o "Vale Maria do Meio" (e ao contrário do outro, todo só para nós)! Em todos eles, o acesso é livre e gratuito!


5 comentários:

  1. Também fui a pouco tempo a Arraiolos, gostei muito.
    Infelizmente Centro Interpretativo estava encerrado.
    Ainda não tive tempo para fazer o post.
    Espero pela continuação do teu report :)
    bjs

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    1. Olá Lou,

      No próximo post vou mesmo escrever sobre esse centro interpretativo. Beijinhos.

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  2. Acho que nunca fui lá, mas quero muito!

    Beijinhos*

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    1. Olá Andreia,

      Se gostas de locais com história, Arraiolos é certamente um desses locais. Beijinhos.

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