sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Ó Elvas, ó Elvas!


Elvas, ó Elvas, Badajoz à vista!" Ai, como eu gosto deste Alentejo (afinal, não é à toa que já está incluído nos melhores destinos de viagem para 2015)!

São 14.20 deste primeiro dia do ano, um dia solarengo e sossegado que nos promete mais uma bonita viagem até ao Alentejo. Depois da estrada bem ruizinha até Beja, das árvores despidas, do "circo armado" em frente ao estabelecimento prisional de Évora (devido à prisão do ex-primeiro ministro Sócrates) e das enormes jazidas de mármore de Estremoz chegamos a Elvas, antiga cidade desde 1513 e cujas muralhas fazem parte do valioso património mundial da UNESCO!




E apesar desta viagem ter sido planeada do "pé prá mão" [o hotel foi marcado no próprio dia 1 de manhã!] adorei ter conhecido esta interessante cidade muralhada, na principal entrada do país vizinho- que o Tratado de Alcanizes (1297) potenciou. E foi depois com a restauração da independência do país, em 1640, que se construiu a maior fortificação abaluartada de Portugal, tendo passando por 35 regimentos desde aí.

Quando chegamos já era noite e estava frio mas ficamos hospedados num antigo convento do século XVII (impressionante o desgaste da escadaria central), convertido agora num aconchegante hotel de quatro estrelas situado bem junto ao centro histórico e com estacionamento próprio (http://www.booking.com/hotel/pt/sao-joao-de-deus.pt-pt.html)!


                                        


Sabe aquela sensação de recuar séculos no tempo atrás?  Foi (quase) assim em Elvas, não fosse a iluminação alusiva ao natal e os carros que circulavam por ali, no centro histórico. Após um farto jantar no (quase) único restaurante ("O Lagar") aberto logo ao lado passeamos até à câmara municipal e largo da sé (onde está também o posto de turismo, onde nos deram vários panfletos sobre as várias atrações na manhã seguinte (mas que também existem nas próprias atrações) antes de chegarmos ao castelo.

   

    


Igreja de Nossa Senhora da Assunção


No dia seguinte, continuamos toda a manhã no centro histórico: no castelo; nas suas bonitas igrejas como a Igreja dos Terceiros (o interior dourado do altar da Igreja é lindíssimo pela sua riqueza decorativa e estilo barroco do século XVIII e contrasta com a sua fachada simples), na igreja das Domínicas (fundada no lugar de uma antiga igreja templária do século XIII) ou na Igreja da Nossa Senhora da Assunção (do século XVI, rica em mármore e com um teto fenomenal); no pelourinho; no cemitério dos Ingleses; nas entradas do centro da cidade (que me fizeram lembrar Malta) e com uma lindíssima vista para Espanha (Badajoz e arredores)! Existem ainda vários museus (por exemplo: o Militar) que devem ser bastantes interessantes mas nós não fomos.





                          
                            




                                                                






E depois vimos, provavelmente, o cartão postal da cidade! Com a urgência do abastecimento de água à localidade, no final do século XV, foi aqui construída esta monumental obra com mais de 7 mil metros: o aqueduto da Amoreira, o número um das atrações do Tripadvisor!







Antes de termos parado numa das minhas cidades favoritas alentejanas fomos ainda a Campo Maior pela primeira vez (a ideia principal era visitarmos o museu do café na fábrica da Delta, impossibilitado por estar encerrado), onde almoçamos. Tentamos, também, visitar o castelo mas este também se encontrava  encerrado, tendo até sido alertados pelas autoridades locais para não nos aproximarmos dele por causa da sua "má vizinhança" (?!). E esta, hein?!

2 comentários:

  1. Tenho boas recordações de Elvas. Começou bem o ano em viagens...

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  2. Olá,

    Descobri o seu blog por acaso e estou a gostar muito!
    Fico contente que tenha gostado da minha cidade :)
    Só um reparo: o "largo da Sé", como se refere, é a Praça da República.
    Ah, e a má vizinhança a que se referiam as autoridades de Campo Maior... É que a zona do castelo é ocupada por ciganos...

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