segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Museu Nacional dos Coches

O Museu Nacional dos Coches foi criado, inaugurado em 1905, pela Rainha D. Amélia (mulher de D. Carlos I, penúltimo rei de Portugal). O local escolhido para a sua instalação foi o edificio do Picadeiro Real do Palácio de Belém, junto à actual residência oficial do Presidente da República e situado próximo do Rio Tejo. Este edificio servia, na altura, como depósito de 29 viaturas da Casa Real. Depois da implementação da República, em 1910, a colecção foi aumentada e feita a sua ampliação (por falta de espaço) com a criação de um anexo no Paço Ducal de Vila Viçosa (ver post Alentejo I).


Entrada do Museu

Num dos museus mais visitados em Portugal (em 2009 foi visitado por mais de 197 mil pessoas), os coches feitos em Portugal, Itália, França, Aústria e Espanha abrangem 3 séculos e tornam-no detentor de uma colecção única no mundo.

A galeria principal é ocupada por duas filas de coches da realeza Portuguesa.




O tecto, lindíssimo, da sala principal apresenta 3 medalhões ovalados: o primeiro com a figura de um cavaleiro (símbolo de Portugal) que está rodeado por 4 figuras femininas, os continentes, identificados por animais (cavalo-Europa, camelo-Ásia, crocodilo-África e arara-América). O segundo, com uma figura feminina segura uma cornucópia (símbolo da abundância e prosperidade) e tem a seus pés, o escudo das armas de Portugal. O terceiro e último, é uma figura que conduz um carro puxado por 2 leões, e simboliza a guerra.




Esta colecção inclui: coches, berlindas (mais leves e rápidas que os primeiros), carruagens, carrinhos de passeios, seges (carruagem de 2 rodas com um só assento), liteiras (caixa com 2 assentos, suportada por 2 varões laterais que sustentavam o peso da caixa e transportadas por animais de carga), cadeirinhas e carrinhos para crianças.


                                                                      Exemplares de Coches



Exemplares de liteiras (atrás: uma antiga e à frente: uma de 2011)


Um dos coches mais bonitos e majestosos, da embaixada do Marquês de Fontes ao Papa Clemente XI, foi construído em Roma, em 1716. Trata-se de uma viatura única com imponentes alçados alusivos aos Descobrimentos e Império Português, com várias figuras em tamanho natural e forradas a folha de ouro. As duas figuras (em baixo) dão as mãos e simbolizam a ligação dos dois Oceanos (Atlântico e Índico) com a passagem do Cabo da Boa Esperança.




Encontram-se, ainda presentes no local, uma coleção de objectos de arreios de cavalaria, armaria, acessórios de cortejo, tapeçarias, uma série de retratos a óleo dos monarcas da dinastia de Bragança e proprietários das viaturas, presentes no museu, assim como a carruagem utilizada no assassinato de D. Carlos e do príncipe herdeiro: D. Luís Filipe.

Objectos de cavalaria


Exposição de tapeçarias


Retrato de D. Amélia



Carruagem (em baixo, à direita, as marcas das balas bem visíveis)


Morada: Praça Afonso de Albuquerque, Belém (fomos de metro até ao Cais do Sodré e depois de comboio até Belém). Horário: das 10h às 18h (última entrada: até às 17h, gratuito aos Domingos de manhã e encerra às Segundas). Preço: 5€.
Neste momento, está a ser construído um novo edificio, próximo a este, a ser concluído no próximo ano para albergar todas as viaturas e até uma oficina de restauro das mesmas.

Em Belém provamos o pastel de cerveja (sim, leram bem...não era de Belém mas sim de cerveja, é parecido com o pastel de feijão)  e descansamos um pouco no jardim do Ultramar, como os demais, numa das zonas mais bonitas e calmas da região de Lisboa.


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